Entender e compreender que as mudanças acontecem é um fator primordial para as
transformações na educação.
Muitos são os momentos em que nos deixamos ser tomados pela rotina da vida,
girando a roda do cotidiano como pequenos grãos de areia sendo conduzidos pela
imensidão das águas oceânicas.
Os compromissos diários e os mais variados incêndios que precisamos apagar ou
amenizar nos consomem o tempo de reflexão de nossas práticas, nos tiram o desejo
de nossas formações iniciais e nos tomam o brilho dos olhos.
Oxigenar a vida com o silêncio da observação, interiorizar as mais belas emoções e
nos colocar à disposição do outro e do amor é o que retoma o fôlego da esperança e o
desejo da paixão do que fazemos de melhor: a educação.
Pensar e fazer educação de qualidade nos tempos atuais é desafiador. Estamos em
um momento em que devemos nos afastar da rotina, permitirmos a reflexão de nossas
ações e, acima de tudo, aceitarmos que estamos em novos tempos, com diferentes
crianças e jovens com novas perspectivas de vida, que vivem sobre complexos
estímulos/influências e que clamam por oportunidades de serem ouvidos e entendidos
em suas complexidades, em seus anseios e em suas mais diversas lutas interiores
(conflituosas lutas interiores!).
A educação está num período emergente e nós fazemos parte deste processo. Todos
nós, que respiramos a educação, que acreditamos que ela é a oportunidade de
mudança, de conscientização das diferenças e dos valores, precisamos nos imbuir
desses processos de transição entre passado e presente e nos transformamos em
agentes deles, revelando aos nossos alunos conectados à tecnologia e às
informações de que podemos fazer deste mundo um ambiente de respeito às
diferenças, de tolerância às opiniões alheias, de amor e felicidade para abrirmos o
caminho para o futuro renovado nas suas técnicas e tecnologias, mas com
humanização.